Rateria - Poli USP
A Rateria, como muitas baterias universitárias, surgiu num contexto de torcida para os jogos da faculdade. O nosso processo de criação começou em 1996, com o intuito de animar mais a torcida nos jogos daquele ano – havia apenas um repique, uma caixa e um surdo. Em 1997, mais instrumentos foram comprados pelo Grêmio da Poli e o grupo se consolidou como Rateria, sendo esse, então, o nosso ano oficial de fundação.
Abrangência
A Rateria representa a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, que engloba os cursos de engenharia dos campi Butantã (em São Paulo) e Santos. Nossa bateria é integrada à Associação Atlética Acadêmica Politécnica (AAAP), como modalidade. Entretanto, sua gestão é totalmente independente da Atlética, possuindo seu próprio caixa e sua própria estrutura de gestão.
Organização Institucional
A organização institucional da Rateria se divide, desde 2019, em duas grandes esferas – administrativa e rítmica –, cada qual com suas atribuições e subdivisões. Na esfera administrativa, incluem-se Presidência, Vice Presidência, Financeiro, Patrimônio, Comunicação, Arte, Eventos, Comissão para o Interbatuc e Mestres de bateria, que são a ponte com a esfera rítmica. Esta última, por sua vez, possui três subdivisões: Diretoria de “Bixos”, responsável pelo desenvolvimento técnico dos ritmistas recém-chegados; Diretoria de Veteranos, responsável pelo desenvolvimento técnico dos ritmistas mais experientes e pela preparação para os torneios; e Comissão de Torneios, grupo responsável por tudo que tange as competições, como criação musical, estratégia, concepção de apresentações e representação em reuniões. Cada Diretoria é liderada pelo respectivo mestre, e a Comissão de Torneios é liderada pelo mestre de Veteranos. Por fim, a gestão rítmica é auxiliada por um Conselho Técnico, composto por ritmistas experientes que não participam mais efetivamente das atividades de gestão.
Trajetória Musical
Em seus mais de 20 anos de trajetória, a Rateria coleciona feitos e histórias desde seus primeiros anos. Em pouco tempo, expandiu a sua atuação para além dos jogos universitários, passando a tocar em festas, eventos e casamentos, acompanhados também de instrumentos de palco. Em 2004, um feito memorável, que chamamos carinhosamente de “Rateria Tour de France”, quando fomos convidados pela Poli para ajudar a divulgar o novo programa de Duplo Diploma em parceria com universidades francesas – sim, fomos à FRANÇA nos apresentar!! Além disso, acompanhando o crescimento do movimento de BU’s, a Rateria se fez presente na fundação, em 2009, de um dos principais torneios do Brasil: o Balatucada, onde participamos da etapa Principal.
Continuando sua intensa atividade de apresentações nos anos seguintes, pode-se ainda destacar a inauguração do Terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos, em 2014, quando coube a nós a criação de um arranjo musical e gravação de um jingle, em parceria com o intérprete Clóvis Pê. Outra apresentação memorável, mais recente, foi em uma festa no Clube Sírio de São Paulo, em 2016, para o feriado indiano Diwali, no qual criamos arranjos de bateria para acompanhar músicas do ritmo típico Bhangra. Apesar disso, o período subsequente foi marcado por momentos de grande dificuldade, impulsionada por uma renovação grande do time de ritmistas, pela crescente competitividade das BU’s e por uma queda de motivação, que resultou em uma piora expressiva no desempenho em torneios, somando-se ao falecimento de dois ritmistas novatos em 2017 e 2018. Por fim, passamos por uma reviravolta após uma vitória na primeira edição do festival BPM, juntamente à decisão da gestão do ano de realizar uma reestruturação interna, gerando o modelo de gestão que adotamos hoje. O resultado desse processo foi a retomada da ascensão e uma bateria muito mais unida e motivada.
Atuação
Hoje em dia, dentro da Universidade, a Rateria mantém relações, principalmente, com o Grêmio Politécnico e com a Atlética, sendo chamada para tocar em confraternizações (como a festa de 125 anos da Poli) e festas (como o Bixopp, tradicional festa do Grêmio) – fazemos também a nossa própria festa, a FFA, que teve um total de 14 edições até 2019. Além disso, participa ativamente da BAUSP (Baterias Aliadas da USP), movimento que reúne as baterias da USP de São Paulo para fazer frente à Reitoria e negociar melhores condições de ensaios. Já fora da Universidade, além de diversas apresentações em festas e carnavais, a Rateria promove ações sociais, apresentações e workshops para ONG’s e escolas, muitas vezes em parceria com a Poli Social (grupo de extensão social da Poli). Além disso, realiza uma grande arrecadação de alimentos, aproveitando os critérios de seleção do Interbatuc, doando cerca de 2 toneladas anualmente, desde 2015. No meio de BU’s, também colabora com a Liga Nacional de Baterias Universitárias, tendo participado de sua gestão em 2018, 2019 e 2021.
Participação em Jogos Universitários
A Rateria marcou presença em dois jogos universitários: o Engenharíadas SP, até 2012, e a Interusp, desde sua fundação até os dias de hoje. Em relação a torneios de baterias, a Rateria já participou de:
- Balatucada: 2009 – 2019, conquistando o pódio nos sete primeiros anos, com uma vitória em 2011;
- Torneio Semana da ASA: 2013, conquistando o 1º lugar;
- Interbatuc: 2015 – 2019, conquistando o 3º lugar em 2019;
- Troféu Mestre Tornado: 2015 e 2019, conquistando o 1º lugar em 2019;
- Festival BPM: 2018 e 2019, conquistando 1º e 2º lugar, respectivamente;
- Adidas Tango League: 2018, conquistando o 1º lugar;
- Brazil Music Contest: 2019, conquistando o 1º lugar.
A Rateria Hoje
Enfim, a Rateria se encontra num momento de retomada da sua competitividade, voltando a conquistar boas colocações nos seus torneios, impulsionada por uma organização interna mais robusta e eficiente, e acompanhada de uma reaproximação com entidades da Poli. Ao mesmo tempo, seu ambiente interno vem evoluindo há muitos anos e se tornando cada vez mais acolhedor, recebendo pessoas de diversos cursos da USP, e com uma alegria que marca o grupo desde os seus primeiros dias de existência. Com isso, as expectativas para o futuro são promissoras, e a Rateria espera passar por momentos cada vez melhores, do seu jeito muito único de ser, de tocar e de cativar as pessoas.
Todos os textos do projeto são de elaboração da própria bateria cabendo ao Batuque Interior apenas a revisão deles e eventuais edições gramaticais ou semânticas, preservando ao máximo o conteúdo original.
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